Vacinas promissoras contra o câncer, doenças cardiovasculares e autoimunes devem ficar prontas até 2030.

Vacinas promissoras

Vacinas promissoras contra diversos tipos de câncer, além de doenças cardiovasculares e autoimunes, devem estar prontas até 2030. Essa previsão foi anunciada por Paul Burton, diretor médico da farmacêutica Moderna, e divulgada exclusivamente ao jornal The Guardian. A Moderna, conhecida por desenvolver uma das vacinas contra o coronavírus utilizadas mundialmente, está atualmente trabalhando no desenvolvimento desses novos imunizantes.

O segredo por trás dessa nova classe de terapias é o RNA mensageiro (RNAm), uma tecnologia que impulsionou a criação das vacinas contra a Covid-19, desenvolvidas tanto pela Moderna quanto pela Pfizer/BioNTech. Especialistas afirmam que o investimento nessa plataforma durante a pandemia acelerou 15 anos de progresso em apenas um.

Em janeiro deste ano, a Moderna anunciou os resultados de um estudo de estágio final de sua vacina experimental de mRNA para doenças respiratórias, sugerindo uma eficácia de 83,7% na prevenção de pelo menos dois sintomas, como tosse e febre, em adultos com 60 anos ou mais. Com base em resultados recentes em pacientes com câncer de pele. Burton está otimista em relação às pesquisas, afirmando que “temos estudos em todas essas áreas e todos eles mostraram uma tremenda promessa”.

Em dezembro, a Moderna anunciou um dos avanços mais significativos nesse campo, juntamente com a MSD. O laboratório divulgou resultados positivos de uma vacina terapêutica para o melanoma, um tipo de câncer de pele altamente fatal. Os resultados da segunda fase, que foi a penúltima dos testes clínicos, revelaram que a vacina proporcionou uma redução de 44% na recorrência do tumor ou na mortalidade relacionada à doença entre os pacientes.

Mas afinal, o que são essas vacinas promissoras contra o câncer e o RNAm?

O RNAm é uma tecnologia que vem sendo estudada por cientistas há anos, mas alcançou sua eficácia e segurança comprovadas por meio das doses desenvolvidas para a Covid-19.

O RNAm atua como um guia de instruções para estimular a resposta imunológica. Ele ensina as células do corpo a produzirem proteínas específicas, os quais são então reconhecidas pelo sistema imunológico para criar anticorpos e células de defesa. Por exemplo, no caso da Covid-19, o RNAm instrui o corpo a produzir uma parte do coronavírus chamada Spike, permitindo que o organismo reconheça o invasor e se proteja quando exposto ao vírus.

No caso das vacinas promissoras contra o câncer, o objetivo é ativar as defesas do corpo para combater as células cancerígenas. Da mesma forma, as vacinas promissoras terapêuticas desenvolvidas para doenças cardíacas e autoimunes têm como objetivo tratar essas condições, em vez de preveni-las, como a Covid-19. No entanto, um dos desafios é cada tumor ser único, impedindo o desenvolvimento de uma dose universal que funcione para todos os pacientes.

Para superar esse obstáculo, os pesquisadores realizam biópsias para coletar o material genético específico do câncer de cada indivíduo. A partir disso, eles isolam as proteínas e criam uma vacina personalizada para o paciente.

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