Um estudo recentemente divulgado na renomada revista científica “The Lancet Rheumatology” trouxe à tona uma preocupante realidade: a osteoartrite, conhecida como artrose, está se tornando uma epidemia global silenciosa. Segundo a pesquisa, atualmente, 15% da população global com mais de 30 anos é afetada por essa condição dolorosa e incapacitante. A projeção é alarmante: até 2050, quase um bilhão de pessoas sofrerão com os sintomas debilitantes da osteoartrite.
Raio X com sinais de osteoartrite
Embora o envelhecimento seja um fator de risco conhecido para o desenvolvimento da osteoartrite, a obesidade tem desempenhado um papel cada vez mais significativo no aumento dos casos. A osteoartrite é caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem das articulações, resultando em dor, rigidez e inchaço, especialmente nas mãos, joelhos, quadris e coluna.
Dados alarmantes do estudo revelam que as mulheres representam 61% dos pacientes afetados pela osteoartrite. Além disso, a obesidade foi identificada como responsável por 20% dos casos de incapacidade associados a essa condição.
Os números são assustadores: em 1990, havia 256 milhões de pessoas vivendo com osteoartrite; em 2020, esse número aumentou para 595 milhões, um salto de 132%. E a previsão é que esse número ultrapasse a marca de um bilhão até 2050.
O estudo, conduzido pelo Institute for Health Metrics and Evaluation, ressalta a importância de estratégias de prevenção e intervenção precoce para conter o avanço da osteoartrite. Além disso, é fundamental tornar os tratamentos acessíveis, especialmente em países de baixa e média renda.
Reduzir a obesidade em escala global poderia reduzir em até 20% a incidência de novos casos de osteoartrite, apontam os pesquisadores. Diante desse cenário alarmante, é urgente a implementação de políticas de saúde que promovam a prevenção da obesidade e garantam o acesso equitativo a tratamentos para aqueles que sofrem com essa condição debilitante.
